domingo, 17 de agosto de 2014

Cap.17- Welcome Little Tomlinson


Anja POV’s

-Eu vou finalmente almoçar, depois você me manda as fotos para eu ver—fecho a porta de casa.

Estava fazendo photoshoots para a Prada desde as 08h00 da manha, Decide almoçar em casa mesmo, estava sem saco para fazer pedidos. Bufei alto e joguei minha bolça em cima do sofá.

-Servida?—Dulcy apareceu atrás de mim com um prato de bolo de pudim, sua especialidade.

-Aah agora lembra que tem uma amiga?—perguntei—O que você esta fazendo aqui sua ingrata?

-Que eu me lembre dessa casa também é minha—ela mostrou a língua e se sentou no Divã—E eu queria comer algo, não tinha nada que eu queria na casa do Liam—ela deu uma colherada no bolo—E vim para cá, para ver se tinha algo que me agradece.

Revirei os olhos e ri me sentei no sofá, ficando de frente para ela.

-Me conte como foi lá com o Liam—disse me lembrando do evento

Depois que sai da casa do Liam naquele dia, Dulcy não apareceu mais aqui. Resultando em três dias que ela não veio aqui.

-Aah... Você sabe, foi apenas sexo—ela respondeu envergonhada comendo outro pedaço do bolo.

-Eu sei disso... —revirei os olhos—Me conta como foi.

-Eu não... Ficar falando o que eu fiz com meu namorado? Você sabe que nunca falo sobre isso.

Dulcy era assim, reservada quando se tratava das intimidades com Liam, só falava pouca coisa. Muito pouca.

-ok, ok—disse vencida.

Ela ficou olhando o nada e suspirou.

-Só posso te contar uma coisa... —ela respirou fundo—Eu fiz massagem boca a boca no amiguinho dele

Arregalei os olhos e abri a boca. Não acredito que ela fez aquilo.

-Você fez boquete nele?—perguntei ainda sem acreditar

-Ai, não fala assim... Pareço que fiz uma coisa horrível... Ou será que fiz?—ela perguntou preocupada

-Não Duh—gargalhei—É seu namorado. Só estou surpresa que VOCÊ fez isso.

-Nem eu—ela riu—Só caiu à ficha, quando engoli tudo.

Ela se deu conta que falou demais, arregalou os olhos e tapou a boca.

-Dulcy o que você fez naquela noite? Está melhor que eu.

Eu nunca tinha feito isso... Nunca mesmo, nem tentar eu tentei.

-Ai para Anja—ela falou envergonhada—Não falo mais nada agora.

-Você esta reclamando de que? Imagina quando a Roberta te ver.

-Nem precisa... Ela fez questão de me ligar no dia seguinte para perguntar como foi.
Ri alto. Roberta não era certa da cabeça mesmo não.

-E você e o Zayn?—ela perguntou

As pessoas faziam questão de sempre me perguntar isso?—ok que só ela e o Xande me perguntaram isso—Uma coisa que eu enrolava para responder. Eu nunca tinha uma resposta na ponta da língua. Éramos amigos? Sim. Já transamos?Sim.

Eu ficava sem ter o que responder. Mas não importava quantas vezes me perguntem, sempre irei responder.

-Estamos bem.

-Com assim?—ela perguntou

-Ah... A gente é amigo, mas seu pega. O que você quer que eu diga?

-Vocês tem se encontrado?

-Ontem me esbarrei com ele em um pub. Foi legal—sorri ao me lembrar.

Ficamos em silencio depois disso. Comi na mão mesmo o bolo da Duh, que estava bom.

-E ai... Você engravidou naquela noite?—perguntei limpando minhas mãos

Dulcy se engasgou com o pedaço do bolo. Ela não gosta dessas perguntas sobre gravidez direcionada a ela. Era ate engraçado ver o desespero dela.

-Que pergunta é essa?—ela perguntou sanando a tosse

-Querida, você fez de tudo naquela noite, de tudo mesmo—falei me referindo a sua proeza que ela fez—Vai que você não ficou?

-Não, eu não fiquei—ela disse convicta, como se quisesse dizer a si mesmo.
-Usou camisinha?—perguntei

Ela abriu a boca para responder quando Pusher Love Girl do J.T a interrompeu. Era o Louis.

-Fala Boo—atendi
-Anja do céu—ele gritou—Você não vai acreditar.
-O que? Fala logo
-A Eleanor entrou em trabalho de parto e exigimos que você e as meninas estejam aqui.
-O que?Em que hospital vocês estão?—perguntei já me levantando
-Santa Mônica.
-Ok, estamos indo para ai.

Desliguei o celular e peguei minha bolça.

-Duh, liga para as meninas e fala para elas irem para o hospital Santa Mônica.

-O que? Por quê?—ela perguntou confusa

-A Els, vai ter o bebe. Liga logo.

No mesmo instante ela saca o celular.
*

Eu e Dulcy chegamos ao hospital tempo depois. Os meninos já estavam lá. Roberta e Elena não tinham chegado ainda.

A enfermeira me informou que Louis tinha entrado com Eleanor para ficar do lado dela.
-Está demorando—Harry disse ao meu lado

-Quando Louis me ligou, ela ainda estava com cinco centímetros de dilatação... Relaxa—disse

Zayn estava sentado na cadeira que ficava atrás de mim, de todos nos ele e Niall eram os únicos sentados. Ele suspirava alto como se estivesse incomodado com algo. Aproximei-me dele.

-O que foi?—perguntei me sentando ao lado dele.

-Não tinha outra roupa (¹) para você vir?—ele perguntou

Franzi o cenho sem entender.

-An?—perguntei

-Aquele recepcionista não para de olhar pra você... Para suas pernas.

Eu não tinha reparado nesse tal recepcionista. E o que tinha a minha roupa?

-Eu sai de casa do jeito que eu cheguei do trabalho—respondi—Não tenho culpa de ser assim.

Ele riu, mostrando aquele sorriso lindo que só ele tinha.

-Realmente não tem... Linda desse jeito, e minha—ele disse entrelaçando nossos dedos.

-Sua?

Ele me olhou e desfez o sorriso. Ele se deu conta do que disse, E se deu conta de que não me agradou.

-Minha amiga—ele disse sem graça—O que mais seria?

-Não sei... Você que com ciúmes do recepcionista Zayn!—minha feição de meiga se desfez

-Eu só estou tentando te proteger dessas caras que te comem com os olhos—ele passou as mãos pelo rosto exasperado—E se eu estiver com ciúmes esmoeu só quero seu bem, Anja.

-Eu não sou nada sua, já disse.

-Que teimosia. Você é minha sim, querendo ou não —ele me olhou fundo—Mesmo que só sejamos amigos—ele disse em um sussurro

Eu pensei um pouco. Ele só queria me proteger. De que? Dos outros homens?Eu não tinha olhos para nenhum outro, mas ele não sabia disso.

-Desculpe essa minha grosseria—suspirei—É que eu nunca tive ninguém para sentir ciúmes de mim, e não sei lidar com isso sabe? Não sei se fico contente pela proteção, ou irritada por não ser nada da pessoa. Eu quero que dure o que tem entre nós dois, mas tenho medo de estragar tudo.

Ele sorriu de canto e depositou um beijo na minha testa.

-Tudo bem... Eu também fico sentindo ciúmes do nada—ele disse

Sorri. Senti minha boca seca, fazia 2 horas que não bebias nada. Levantei-me e fui em direção ao bebedouro que ficava junto ao balcão da recepção.
Coloquei o copo descartável no bebedouro e liguei o registro. Enquanto enchia, decidi analisar o recepcionista.

Ele era de tamanho médio, olhos castanhos escuros, cabelos negros e pele clara. Não era feio, mas não me atraia em nada.

Desliguei o registro e peguei meu copo. Virei meu corpo de leve, e Zayn tinha razão, ele estava me devorando com os olhos. Ele me olhava de cima a baixo parando nas minhas pernas, ora mordia os lábios, ora umedecia. Fiquei com raiva disso, joguei o copo no lixo e fui me sentar do lado de Zayn.

Ele me olhou, e com certeza viu o que aquele sujeito estava fazendo. Ele continuava me olhando, e estava me irritando. Sem hesitar puxei Zayn para mim e o beijei.

Zayn POV’s

Não estava esperando isso dela, não aqui. Aquilo não era real não poderia ser real.
Durante todo o tempo que aquele recepcionista filho da puta estava olhando para ela, eu estava me segurando para não beija-la e mostrar para ele que ela era de certa forma MINHA. E agora ELA esta me beijando.

Isso é bom demais para ser verdade.

Suas mãos bagunçaram sensualmente meu cabelo me deixando ainda mais extasiado. Os lábios e o beijo de Anja eram diferentes de qualquer outro que eu já tinha dado. Não tinha um pingo de romantismo diferente de outras mulheres, mas desejo e ou pouco de selvageria. Eu correspondia o beijo com o mesmo fervor.

Ela se separou e sorriu. Disfarçadamente ela se virou para a recepção. O homem estava coma acara no computador piscando varias vezes, sua feição era de decepcionado.

-Tom filho da puta—ela sussurrou

Ela me usou. Senti-me mal, eu fui usado por uma mulher, por ela. Na maioria das vezes sou eu que uso. Mas ela me usou para mostrar para o sujeito que não queria nada, e estava comigo... Eu deveria ficar triste ou feliz? Essa mulher me enche de perguntas internas.

Anja POV’s

O viadinho não estava, mas me olhando. Sorri de canto e olhei para Zayn.

-Por que fez isso?—ele perguntou

-Você não queria que ele parasse de me olhar? Conseguiu

Ele riu pelo nariz. Olhei para o pessoal que me olhava estatelados, principalmente Dulcy.

-Chegamos gente—Roberta passou pela porta de entrada—Perdemos algo?

-Além de a Anja ter dado um belo beijo no Zayn... Não nada—Liam boca de motor respondeu

-O que?—Roberta quase gritou; recebendo um shiuu da enfermeira que passava.

-Como assim?—ela perguntou com a voz baia

-Tinha um OTÁRIO a comendo com os olhos, e ela resolveu mostrar que não estava sozinha. —Zayn respondeu, destacando o otário.

Assim que o recepcionista se mexeu na cadeira desconfortável Roberta sacou que era ele.

-E o bebe já nasceu?—Elena perguntou

-Louis ainda não saiu de lá—respondeu Harry, que estava suando—Será que aconteceu algo?

-Calma Hazz... Noticia ruim vem rápido—Dulcy disse o tranquilizando

Todos estavam nervosos com a demora. Menos Niall, nem parecia que seu melhor amigo iria ser pai ou que o bebe estava demorando a nascer. Sua feição (²) de despreocupado se desfez quando Betha se sentou ao seu lado. Hmm... Esses dois.

Meia hora se passou e nada. Um sono do nada se fez em mim, estava lutando para não dormir no ombro de Zayn.

-Se essa criança não nasceu eu mesmo vou arranca-lo de dentro da Els. —Roberta disse balançando seus pés impacientes.

-Não precisa Betha, ele já nasceu—Louis surgiu com um avental azul bebe e uma touca na cabeça—Meu filho nasceu!

Roberta foi a primeira a gritar e ir abraça-lo.

-Aeee—Zayn gritou—Fala ai cara, eles estão bem?

-Estão Zayn—Louis respondeu sorrindo—Meu filho é lindo

-Ele não tem cara de joelho?—Niall disse rindo recebendo um tapa da Roberta.

-Não... Puxou a mim—Louis disse convencido

-E porque demorou tanto?Esatva quase dormindo já—disse colocando minhas mãos no bolso da jaqueta

-A dilatação demorou a ficar ideal—ele respondeu

-Eu quero ver ele—Elena disse

-Eu também.

-Eles o levaram para o berçário.

-E a Els?

-Tá acabada—ele respondeu sorrindo—Ela foi transferida para um quarto.

-Louis leva a gente para ver o bebe logo—Dulcy disse

Ele assentiu e foi na frente. Aquilo estava uma Algazarra, nem parecia que estávamos em um hospital.

-Calem a boca rebanho! Isso ainda é um hospital!—Louis disse pouco antes de chegar ao berçário

-Vai Louis, mostra qual é—Roberta disse impaciente.

-Aquele ali—ele apontou para o terceiro braço. Ele estava dormindo de barriga para cima com os bracinhos para cima e as mãozinhas fechadas.

-Que lindo—Elena disse em prantos

-Cara... Que pequeno—Niall disse com a mão na boca

-Ele saiu de você Não acredito—Harry disse rindo

-Meu afilhado é muito lindo gente—Dulcy disse batendo a mão animada

Nós tínhamos um esquema sobre os futuros afilhados. A mais velha seria madrinha da primeira que tivesse um filho—caso da Els e Duh—se a Duh tivesse Els seria a madrinha, se eu tivesse Betha seria, se Betha tivesse eu seria, se a Lena tivesse Betha seria e assim vai.

-Eu estou cansado—Lou disse encostando a testa do vidro

-Por quê? Você não fez nada—Zayn disse

-Quando você ficar não sei quantas horas dando força a sua mulher, e sua mão ser esmagada por ela a gente conversa.

*
O medico liberou a nossa entrada no quarto da Eleanor para visita. Ela ainda estava acordada com o bebe nos braços. Ela estava boba com ele

-Ele demorou tanto... Nossa filho, você deixou a mamãe cansada—Eleanor disse passando a mão pelo cabelo dele

-Ele tem nome?—Harry perguntou

-Sim, Thomaz—Louis respondeu.

-Thomaz William Calder Tomlinson (³).—Eleanor completou

Então... Seja bem vindo Thomaz William Calder Tomlinson.

Roberta POV’s

Depois de babarmos no pequeno Thomaz, cada um foi para sua casa, daqui a três dias ele e Els vão para casa.

Chegando em casa, Elena e eu fomos direto para o banho, certeza que Lena iria capotar na cama, mesmo sendo 18:40 da noite ainda, e eu como sempre estava com fome.
Coloquei um short preto e uma blusa de alça também preta.

-Você não estava tão curto assim... —murmurei encarando meu short através do espelho.

Dei de ombros e fui para a cozinha. Procurei algo para comer... Nada. Bufei alto e peguei o resto de pacote de salgadinhos. Liguei a tevê e mapeei vários canais, até que Last Friday Night da Katy Perry me fez parar.
Joguei-me no sofá enquanto via a transformação da ‘’Kathy Beth Terry’ ’o resto do salgadinho acabou e eu ainda estava com fome.

Levantei e fui para o quarto da Elena. A porta estava fechada.

-Elena—bati na porta

-O que?—ela disse do outro lado

-O que tem para comer?

-Sei lá... Vê no armário, tem tanta comida lá.

-Já olhei... Não tem nada que eu queria—falei manhosa

-Posso fazer nada.

-Você é uma irmã má! Não me alimenta.

A porta foi aberta e uma Elena com cara de sono e irritada apareceu.

-Tem um macarrão instantâneo de frango no 3° armário. De nada.

Ela fechou a porta com força.

É macarrão instantâneo para o jantar hoje... Do que adianta ser milionária e ter que comer ‘’miojo’’ no jantar.

Make It Bun Dem do Skrillex passava agora na TV. Comecei a dançar de um jeito estranho indo ate a cozinha, peguei o pacote de miojo e coloquei no balcão.

DING DONG.

Não estava esperando ninguém. Joguei meu cabelo para o lado e fui atender a porta.

-Espero que esteja com fome—Niall disse em pé na porta e com uma sacola na mão.

Sorri ao vê-lo ali.

-Você leu meus pensamentos—dei passagem para ele entrar

Ele pediu licença e entrou.

-Hoje serei o Chef Horan, como prometido. —ele disse rindo colocando a sacola no balcão—Pronta?

-Sempre estou pronta para comer.

-Você é das minhas... —ele disse mordendo os lábios me olhando de cima a baixo corei no mesmo instante.

-O que você vai fazer para comer?—perguntei o fazendo me olhar

-Minha especialidade Gaspacho Andaluz.

-Que bom, maravilha

Ele abriu a sacola e pegou um vinho francês de 1995.

-Vamos começar com os temperos—ele pegou alguns temperos e começou a cortar—me conte mais sobre você Betha.

-Não tem nada para contar... Já falei tudo naquele jantar daquele dia—me encostei-me A e no balcão, e analisei sua roupa. Blusa branca e uma bermuda creme. Ambos da minha loja.

-Essa roupa é da minha loja?

Ele se olhou de cima e sorriu.

-Sim. Gosto das roupas de lá.

-Ótimo. Deixando eu e Elena mais ricas—sorri

-É bom contribuir com meninas tão lindas... Ainda mas você—ele abriu vinho. Ele despejou o liquido escuro em duas taças, e entregou a minha. Bebi e estava excelente.
Enquanto Niall preparava a comida, ele ficava me olhando. Da comida para mim, de mim para a comida.

-O que foi?—perguntei

-Eu fico pensando às vezes, como eu nunca te conheci antes... E o engraçado é que para que a gente se conhece há muito tempo.

-Verdade.

Realmente eu e Niall tínhamos uma afinidade. Não tão grande nem tão pequena, na medida. Afinal coisas demais enjoam e perde a graça.

-Destino?—ele perguntou arqueando as sobrancelhas

-Não acredito em destino, mas adoro o acaso.

Conversamos muito, bebemos também. Não deixei beber além da conta, pois ele iria dirigir. Uns 15 minutos mais tarde o Gaspacho estava pronto, o cheiro e a aparência já estava me dando agua na boca, se eu estava com fome antes agora minhas tripas suplicavam por aquilo.

-Você não deveria ter feito isso... —disse de boca cheia

-Por quê? Está ruim?

-Não. Pelo contraio... Esta maravilhosa. Vou te escravizar por isso.

-Você me escravizar? Esse papo me agrada—ele disse malicioso.

Opaa!

*
Terminando de jantar, ajudei Niall a lavar a louça. Enquanto ele guardava suas coisas, coloquei mais vinho para mim, me sentei no balcão e bebi o vinho.

-Acho que já vou indo. —Ele disse se se encostando na pia, ficando de frente para mim e cruzou os braços, forçando os músculos. Aquilo era uma miragem?

-Eu gostei da comida... Tem que fazer mais para mim.

Ele desencostou da pia e veio a te mim. Separou minhas pernas e se encaixou entre elas.

-Fazer o que?—ele sussurrou—Esta me dando ideias?

Aquilo revibrou em todo o meu corpo. Aqueles olhos, aquela boca... Ele. Estava me segurando para não falar uma besteira.

-Estou falando do jantar... —falei o olhando fundo—É que tipo de ideias eu te dei?
-Melhor não saber... Não agora.

Ele passou os dedos pelo meu rosto, pegou uma mecha de cabelo e colocou atrás da orelha. Seus dedos estavam gelados, e fazendo arrepiar.

-Esse seu short esta me desconcentrando... —ele disse com dificuldade

Olhei para meu short. Minhas coxas estavam juntas e maiores por eu estar sentada. Olhei para ele e ri nasalmente.

-Tinha esquecido de trocar...—expliquei

-Para falar a verdade você inteira me desconcentra.

Levantei as sobrancelhas em forma de surpresa. Eu sabia que ele queria algo comigo mais afundo desde que fomos jantar, mas o que ele estava fazendo comigo era golpe baixo. Sua voz já era boa, sussurrar é maldade comigo.

Bebi mais um gole do vinho, sempre olhando para ele. Niall passava de leve seus dedos sobre meu braço, mordi meu lábio. Só o vi balançando a cabeça negativamente com uma feição de agonia, quando ele domou meus lábios.

Meus braços se enroscaram em seu pescoço, suas mãos desceram pela lateral do meu corpo, e subiu para minhas costas. Automaticamente minhas pernas se enroscaram em sua cintura, o trazendo para mim, suguei sua língua o fazendo soltar um gemido baixo. Sorri entre o beijo. Niall enrolou meus cabelos em sua mão e puxou me arrancando suspiros; ele sabe jogar.

Meus dedos entrelaçaram em seu cabelo da nuca, fomos diminuindo. Ele mordeu meu lábio inferior de leve e me olhou.

-Uau—ele disse com os lábios vermelhos.

Sorri me escondendo em seu pescoço.

-Melhor você ir... —disse me recompondo

-Esta me expulsando?

-Não Niall, mas esta ficando tarde, e eu não respondo pelos meus atos enquanto você estiver aqui.—respondi

-Ok... Mas vou te ligar—ele advertiu saindo de perto de mim

-Ok... —desci do balcão

Levei ele ate a porta e abri o mesmo.

-Não vai me dar um beijo?—ele perguntou fazendo beicinho

-Já te dei hoje

-Nem de despedida?

Fui ate ele e dei um beijo em seu rosto.

-Não era esse, mas tudo bem.

Sorri e lhe dei um selinho

-Feliz?—perguntei sarcástica

-Só vou ficar realmente feliz quando eu arrancar esse seu short—ele parou e ficou vermelho—Tem razão... Melhor eu ir. Estou falando demais.

Ele deu um ‘’tchau loirinha’’ e se foi.
Se ele realmente não fosse embora, não responderia pelos meus atos. Muita coisa ainda ira rolar Horan.



sábado, 9 de agosto de 2014

Cap.16-Que comece o jogo



Anja POV’s

Tinha chovido muito esses dias em Manhattan, dia e noite. E quando estiava eu saia um pouco das cobertas para fazer alguns photoshoots. Esse sábado chovia forte e o dia inteiro, como o tempo pedia, fiquei debaixo das cobertas com todas as luzes apagadas, tomando chocolate quente assistindo basquete—é basquete—.

Mas faltava algo... Alguém para ser exato.
Zayn.

Sim, eu o queria comigo, debaixo das cobertas tomando chocolate quente e assistindo basquete. Talvez eu estivesse sentindo falta dele, das suas piadas sem graça—eu só ria pelo fato das piadas não ter sentido—Do seu sorriso... Da sua voz rouca.
Meu Deus olha o que eu estou pensando! Ou eu estou ficando maluca ou meu cérebro congelou devido o frio.

Ouvi um ‘’Meu Deus, até que enfim’’ vindo da sala.

Levantei-me cautelosamente consertando minha calça de moletom. Abri a porta e fui para a sala.

No meio dela tinha um casaco preto molhado. Quem será?

-Quem é?—perguntei

Ouvi o que parecia um copo, ou caneca—ou algo parecido—pousar sobre o balcão de granito.

-Sou eu Angel.

Era Alexandre. Seus cabelos molhados e levemente bagunçados, e suas roupas também molhadas.

-Que susto praga! Avisa antes. —disse colocando a mão no tórax

-Se assustou?—ele gargalhou—Pensou que eu era um ladrão?

-Eu nem sabia que era você Alexandre—me virei indo para o meu quarto, lugar que eu não deveria ter saído.

Chegando lá, abri um pouco da cortina preta de veludo, e vi pela janela que chovia forte. Tanto que estava embaçado.

-Porque você saiu nessa chuva?—perguntei fechando a cortina, me virando para ele. —Está maluco?

-É que eu queria um chocolate quente, dai decide ir ao Starbucks, mas chegando lá estava lotado. Não iria ficar lá de jeito nenhum. Então vim para cá... Que tem uma cama enorme, quentinha e um belo chocolate quente de graça. —ele se deitou com cuidado com uma caneca em mãos

-Mas veja só... —disse rindo—Levanta da minha cama.

-Porque? Não estou fedendo—ele cheirou sua axila

-Mas esta molhado... Porque não toma um banho?

-Não tenho roupa aqui.

-Você pode vestir uma calça de moletom minha, e um casaco.

-Eu vestir roupa de mulher? Você esta louca?

-Ou é isso ou você vai ficar no chão, ficar resfriado e pegar mulher nenhuma.

Ele arregalou os olhos, colocou a caneca sobre o criado mudo e tirou sua blusa.

-Está bom Anja, tá bom—ele falou vencido indo para o meu banheiro.
 
-Toalha limpa no armário!—gritei

Fui para o meu closet e procurei algo masculino, ou parecido para ele vestir. Demorou um pouco, mas encontrei uma calça larga de moletom preta com umas linhas laterais rosa, e um casaco preto também de moletom com a Palavra Artic Monkeys em branco. Mais ‘’masculino’’ que aquilo eu acho que aqui não tinha.

Coloquei sobre a cama, e peguei sua roupa molhada para por na secadora.

Voltei para o quarto e Alexandre estava botando o casaco. Ele me olhou e colocou as duas mãos na cintura.
 
-Rosa, Anja? Serio?

-O que? Ninguém vai ver... Ou você pensa em sair com ela na rua?

-Ai, cala a boca—ele disse se sentando com a caneca já em mãos.

Deitei-me e cobre a metade do meu corpo com o edredom—ate a barriga—E peguei meu chocolate, que por incrível que pareça ainda estava quente.

-você esquentou?—perguntei me referindo ao chocolate

-Sim.

Só agora percebi que a tevê não estava, mas no basquete, e sim em um canal de musica. Bob Marley cantava in live, No woman No cry.

-Você molha a entrada da minha casa, toma meu chocolate, veste minhas roupas, e muda o canal da minha TV. O que falta? Morar aqui também?—perguntei o encarando

-Cala a boca, Bob esta cantando. —ele disse tapando minha boca com a mão

É... Bob Marley sempre vencia.


O momento estava tão bom... A chuva caia lá fora, e eu estava com um chocolate quente debaixo das cobertas ao som de Bob Marley com meu melhor amigo. Eu pedi Zayn, veio Alexandre... Bem, pelo menos não correria o risco de beijar ou fazer outras coisas com meu amigo/irmão.

-E Zayn? Esta bem?—Alexandre pergunta

-Não sei... Liga pra ele e pergunta—bebi um gole da minha bebida

-Estou falando de vocês dois.

-Aah, esta tudo bem. Somos amigos também, não fazemos sexo toda hora como você pensa.
Alexandre riu pelo nariz e balançou a cabeça.

-O que? O que você esta insinuando?—perguntei

-Nada eu... Mas só vocês não veem, que quando se olham faísca saem... Imagine entre quatro paredes.

-Eu não sou Katy Perry para fazer Firework—disse sarcástica—Eu não solto faísca nenhuma.

-Não sou eu que falo, e sim vocês dois quando se encontram.

-O que esta acontecendo com você?—perguntei com a testa franzida

-Só falei a verdade—ele deu um grande gole no chocolate

O que Alexandre estava querendo dizer? ‘’faíscas’ ’essa porra está ficando doida, só pode.

Ok.fiquei curiosa, vou tentar entender o que ele disse: Segundo alguns livros que eu leio 
‘’faísca que sai de ambos quando se veem’’ tem a ver com paixão ou atração.
Pela minha parte, sou a segunda opção. Zayn acredito que também é a segunda.
Imagina só... Eu, EU Anja Albuquerque Hausenback apaixonada por Zayn Jawaad Malik. Seria o fim... O meu fim.

Olha só no que eu estou pensando! Graças a essa peste que chamo de melhor amigo.

-Você sabe se a Ernestina esta em casa?—Alexandre pergunta

-An?O que?—pergunto confusa—Deve estar. Quem é o demente que sairia em uma chuva dessas?—pergunto—Ah é, você.
 
-Não me culpe—ele disse rindo—Mas você sabe se ela pode estar ai?

-Não sei... Não sai de casa hoje. Mas pode ser que esteja.

Um sorriso brotou em seus lábios.

-Falando nisso... Porque você falou em francês com ela naquele dia?

-Um francês reconhece outro—ele piscou

-Mas para que você quer saber se ela est...—parei. Estreitei os olhos e o encarei—Você quer pegar ela?

-Ela não é de se jogar fora.

Pensando melhor, Ernestina não era feia, só era carrancuda e usava roupas para pessoas com o dobro da sua idade—eu acho—A questão é...

-Ela ira querer você?—perguntei o desfiando

Ele riu nasalmente

-Você viu o jeito que ela ficou quando eu beijei sua mão? Ela quase caiu para trás.

-Mas isso não significa nada.

-Anja, Anja... Se eu der uma piscadela, ela se joga nos meus braços—ele disse—Ok, serei modesto. Ela fica ofegante.

-Você nem se acha né?—perguntei rindo

-Porque sou isso.

-Você definidamente não presta.

-Aprendi com a melhor... Você.

Ele pulou da cama antes que eu tacasse minha mão na cara dele.

-E se ela não topar?

-Acredite—Alexandre amarrou o ultimo cadarço do tênis—Ela vai.

Alexandre estava indo na casa de Ernestina chama-la para jantar.

Ernestina me odiava, consequentemente odiava meus amigos; e Alexandre era meu melhor amigo.

-Então tá. Agora, se ela não aceitar e ferir seu ego, não venha para cá—avisei.
 
-Tá, tá... Aonde esta seu perfume masculino?

Sim, eu tenho perfumes masculinos, sempre gostei.

Ele nem esperou eu dizer onde estava, foi logo no meu armário de perfumes, abriu a porta e pegou o Azzaro Pour Homme, borrifou no pescoço e guardou.

Alexandre esta com sua roupa; Uma blusa azul escura com a palavra ‘’suck’’ em cinza, uma calça preta e um tênis da mesma cor.

-Agora tchau—ele beijou minha testa e pegou seu casaco já seco. Abriu a porta e saiu.
Eu não iria perder isso por nada. Fiz um rabo de cavalo baixo e fui atrás dele.

 No corredor onde eu morava, só tinha dois apartamentos, o meu e o da Ernestina. E escorei no batente, cruzei os braços e só observei.

Xande apertou a campainha e se afastou.

Não demorou muito e a porta foi aberta. Ernestina usava um blazer amarelo, e uma saia ate a metade da perna também amarela que fazia de vestido, seus cabelos loiros presos em um coque perfeito.

Ela fica surpresa ao ver Alexandre ali.

-Bom dia senhorita—ele diz educadamente e a analisa—Vai sair? Não quero atrapalhar.

Ele faz que vai embora. Como eu disse ‘’faz’ ’Aquela peste tinha um plano em mente.

-Não senhor—ela responde

-Pareço tão velho?—ele perguntou voltando onde estava

Ela negou.

-Pode me chamar de Alexandre.

-Então Alexandre... O que quer?—ela perguntou sem rodeios

-Seu marido não vai se incomodar de estar conversando comigo?

Ernestina ajeitou seu casaquinho e respirou fundo.

-Não tenho marido, sou viúva.

Ava!Ele sabia disso, o Escala todo sabia disso.

-Oh, me desculpe—ele ‘’lamentou’’—Eu gostaria de saber se a senhorita quer jantar comigo.
A boca de Ernestina se fez um perfeito ‘’O’’ que se fechou duas vezes.

Ela o olhou sem entender, passou as mãos pelo cabelo e franziu a testa. Já esperava um não bem grande e ‘’educado’’ dela.

Como disse, esperava.

-Sim—ela respondeu

Meus olhos se arregalaram, e agora quem fazia o ‘’O’’ era eu.

Ele conseguiu. Eu fiquei um bom tempo tentando entender aquilo, que não vi eles se despedirem, só vi Xande vindo ate mim, dar uma piscadela junto com um sorriso vitorioso nos lábios.

-Como assim?—perguntei

-Só posso te dizer que—ele chamou o elevador—Quinta-feira as 20:00 estarei aqui para buscar ela.

Ele entrou na cabine, se virou e mandou um beijo no ar para mim.
Depois disso tudo é possível.
**
Eram 19:00 da noite quando me arrumei(¹) e decide ir em um pub tomar algo. A chuva tinha passado só fazia frio.

O lugar tinha algumas pessoas, me sentei no balcão junto com algumas pessoas, só duas cadeiras de diferença que me separavam dos demais.

-O que essa bela moça vai querer?—o barman perguntou

- Jack Daniel's  —respondi 

Tamborilei os dedos no balcão, e observei o lugar. Era grande, o ambiente com tons de madeira com 20 cadeiras ao todo.

Minha bebida chegou.

-O primeiro é por conta da casa—ele disse me entregando

Dei de ombros e bebi.

Aquela mesma sensação de hoje cedo me veio à tona. Falta dele, falta de Zayn. Não, eu não estava sentindo falta do Zayn homem, e sim do Zayn amigo... Éramos amigos, certo?
Terminei o resto da bebida. Irei minha cabeça para a esquerda, e vi um braço quase coberto por tatuagens. E eu só conhecia uma pessoa que tinha a palavra ‘’ZAP’’ tatuada.

-Zayn?

Ele se virou e olhou para mim. Um sorriso brotou em ambos. Zayn se sentou na cadeira perto da minha. E como ele estava lindo... Vestindo uma blusa vermelha, acompanhada de uma jaqueta preta, calça da mesma cor e botas.

-E ai... Como você esta?—ele perguntou

-Tô bem... E você sumido?

-Eu sumido? Só ficamos sem nos ver dois dias.

-E dai? Fiquei com saudades do meu amigo... Não posso?

Zayn arregalou os olhos e depois sorriu.

-Você estava com saudades de mim?—ele perguntou colocando a mão no tórax

-Sim—sussurrei—Mas nem se ache.

Ele riu e colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.

-Também estava—ele beijou minha testa

Aquilo foi tão doce, que por um momento esqueci que já fomos para a cama.

-E o que você esta fazendo aqui? Esta com as meninas?—ele perguntou bebendo sua cerveja que avia chegado.

-Não... Meu Jack Daniel's de lá de casa tinha acabado, e vim para cá.

-O trabalho me consome esses dias... Nada como uma boa cerveja.

Assenti e bebi meu segundo copo.

Um silencio se fez entre nos. É incrível como ficamos sem assunto com pessoas que gostamos. Tá foda.

Zayn estalou os dedos e me olhou.

-O quanto você sabe de mim?—ele perguntou

-An... —pensei.

Realmente sabia pouca coisa dele. —Pouca coisa

-Então vamos brincar. —ele disse e eu olhei sem entender

-Vamos fazer perguntas um para o outro, coisa boba.

-Essas perguntas bobas sempre vêm com perguntas comprometedoras.

-Essa é a graça—ele piscou

-Então tá... Que comece o jogo.

Zayn POV’s

Deixei Anja começar. Ela deus um grande gole do uísque e perguntou:

-O que sua mãe achou da sua primeira tatuagem?

-Ela quase teve um troço—sorri ao lembrar—‘’Menino o que você fez com seu corpo? Quer me matar?’’

Anja também riu, mas o sorriso se desfez logo depois.

-E você? O que sua mãe achou da sua?—apontei para o pequeno coração no seu dedo.

-Nada—ela respondeu—Ela já tinha morrido quando a fiz. Mas ate que gostaria de ouvi-la reclamar e falar que era uma maluquice.

Já sei o motivo se desfazer alguns segundos atrás.

-Agora sou eu... Com quantos anos deu seu primeiro beijo?—ela perguntou

-Não me lembro muito como foi...Acho que com 8 ou 11 anos—respondi

-Desde novinho já pensando nisso?

-Digamos que eu sou adiantado... Agora sou eu.

Pensei em uma coisa que sempre me veio à mente... Mas agora era uma hora boa.

-Com quem você perdeu sua virgindade?—perguntei
 
Ela riu e mordeu os lábios.

-Serio?

Assenti. Sim, eu queria saber.

-Com meu ex-namorado.

Ah claro, com quem, mas poderia ser? Tinha que ser um ex. Por um instante senti uma pontada de ciúmes... Só uma pontinha. Vai ver, eu queria ser o felizardo.

-E você se lembra de como foi?—perguntei

-Ei, é minha vez de perguntar—ela protestou—E quem sabe Malik, um dia eu te conte?

Ela não iria me contar, era pessoal demais? Talvez... Mas eu já fiz coisas bem pessoais com ela que adoraria repetir... Foco Zayn!

Ok, eu espero. Tudo ao seu tempo.

-Sou eu—ela disse e me encarou—Já se apaixonou antes?

Essa era uma pergunta que eu não esperava... Logo essa? É como cutucar em uma ferida que não se cicatrizou completamente, mas você tem que se manter forte para aguentar.

-Sim—respondi sem encara-la—e me arrependo amargamente disso.

Anja engoliu seco, e sussurrou um ‘’desculpe, não queria’’.

Minha vez agora de perguntar.

-E você já se apaixonou?—era a única que veio na cabeça

-Se eu te dissesse não, nunca me apaixonei você acreditaria?—ela perguntou

Neguei com a cabeça.

-Nem pelo seu ex, que você sabe... —tirou sua virgindade

-Muito menos por aquele babaca, se eu tivesse, eu me espancaria.
 
Ri alto.

-Zayn... —ela sussurrou—Como você soube que estava apaixonado?

Fiquei um tempo sem responder. Olhei para ela. Anja estava tão linda -como sempre- Seu 
cabelo estava com mais brilho ou era impressão minha? Seus lábios mais rosados e convidativos, Seus olhos, como não pensar em seus olhos? Estavam mais azuis, intensos...
Ainda olhando para ela perguntei:

-Por experiência própria?

Ela assentiu. Respirei fundo, a olhei e comecei.

‘’-Quando você não para de pensar nessa pessoa, quando me pego olhando para ela varias vezes. Às vezes dou risada a toa quando penso nela ou a vejo—sorri—Sinto falta do seu perfume... Ou ate mesmo reconheço de longe—respirei profundamente, e o Chanel n°5 dela entrou nas minhas narinas, era tão bom—Eu a quero para mim... Nos meus braços.

Anja me olhava confusa, sem entender. Nem eu tinha entendido essa ultima parte.

-Você ainda quer sua ex?—ela perguntou—Tipo você disse... ’’Eu a quero’’,

Não acredito que eu falei isso, eu não quero aquela desgraçada... De quem eu estava 
realmente falando? Será que eu...

-Não, não... Eu me confundi.

**

Ficamos conversando mais um pouco, até dar 21:00.

-Eu te levo em casa—disse me levantando

Ela assentiu e pagou seu uísque, eu paguei o meu e saímos dali.

*
No carro ficamos em silencio. Era estranho sem ter o que falar com ela. Eu queria falar com ela, ela me distraia, entretinha. De certo modo ela me fazia bem.

Sua mão pousou na minha, ela acariciou e sorriu.

-Obrigado por me fazer tão bem—ela disse com um sorriso de canto

-Amigos servem para isso não é?—respondi sorrindo

Agora tenho a certeza que ela me fazia bem.